segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Avaliação do Ensino e da Comunidade Escolar


Aula expositiva por meio de apresentação em Power Point em 21/9/2010.

Currículo de Educação Básica das Escolas Públicas do DF – Avaliação

Segundo o documento supracitado, concebe-se avaliação o elemento contínuo do processo de ensino e aprendizado. À parte o valor quantitativo de analisar estatisticamente o nível de compreensão dos conteúdos por parte do aluno, devemos privilegiar o valor qualitativo da avaliação. Sabemos que dispomos de pouquíssimo tempo para essa tarefa, haja vista os horários corridos, os prazos apertados de fechamento de notas e preenchimento de diários. Melhor seria se pudéssemos esmiuçar ao máximo a avaliação a fim de mostrar ao aluno os pontos positivos e aqueles onde ele precisa melhorar, o que é um exercício crítico de nossa própria práxis.  
Avaliação denota julgamento, apreciação, valoração a partir de alguns princípios. É um instrumento valioso e que deve ser permanentemente adequado às habilidades do aluno a fim de poder extrair dele aquilo que conseguiu assimilar das aulas e atividades propostas. A avaliação é a oportunidade de o aluno demonstrar seu conhecimento diante daquela situação proposta nas provas. Infelizmente verificamos muito claramente na atual geração uma falta total e absoluta de um estudo contínuo, em casa, de forma a sedimentar o que é visto durante as aulas. Com o advento da Internet, o trabalho de pesquisa, no mais das vezes tornou-se cópia deliberada, plágio; o que em linguagem computadorizada é o famigerado Ctrl+C, Ctrl+V. Grupos de estudos entre colegas, trabalhos manuscritos, idas à biblioteca são atos raros entre a juventude que não demonstra muita autonomia na discussão dos conteúdos e a falta de pré-requisitos é algo que tem se mostrado um grande entrave à educação de qualidade. A escola perdeu o seu foco que era o da formação acadêmica, prioritariamente. Com a franca desagregação da família que delegou ao Estado a formação do indivíduo no que tange aos princípios básicos de civilidade, as escolas não são geradoras de conhecimento, senão depósitos humanos onde o professor é babá dos alunos, um lugar ‘seguro’ onde os pais deixam seus filhos para afastá-los da marginalidade. São poucos aqueles que se interessam pela formação acadêmica do filho, se ele terá condições de ser bem empregado e dar continuidade ao estudo no ensino superior.  
A SEDF determinou que aluno deve ser avaliado na seguinte proporção: 50% da nota corresponde a projetos, trabalhos e atividades com consulta/pesquisa e 50% da nota refere-se à avaliação formal, o que remete a provas escritas ou orais sem consulta. O desempenho do aluno sozinho revela-se quase sempre inferior àquele com consulta, o que demonstra a frágil capacidade de articulação do educando. Em muitos casos, os 20 pontos que ele deve atingir em cada disciplina ao longo do ano letivo decorrem mais dos 50% garantidos por lei às tarefas com consulta. Deixemos claro que são 20 pontos a serem atingidos sendo que o sistema educacional oferta 40. Mesmo com tais facilidades, o índice de reprovação é enorme, mesmo com um padrão tão rudimentar de qualidade. O que fazer?
É preciso enfatizar que a relação de ensino e aprendizado eficazes exige uma relação de confiança entre o professor e o aluno no sentido de facilitar a mediação dos conteúdos e que o educando possa aplicá-los em seu cotidiano de modo a ser um cidadão ativamente participativo na sociedade. Imaginar que toda a diversidade de alunos presente numa turma tenha o mesmo nível de assimilação é um tanto quanto ingenuidade do professor, mas ele pode filtrar as potencialidades desses alunos considerando suas capacidades cognitivas, motoras, as relações interpessoais que eles são capazes de estabelecer, etc.
Uma educação de qualidade não coloca à prova somente o aluno, senão a própria escola, direção, coordenação e principalmente os professores. Verificamos que a SEDF não tem um filtro muito preciso do que de fato ocorre nas escolas cujas avaliações de desempenho restringem-se, na maioria das vezes, ao preenchimento de questionários e relatórios. A situação é tão precária que o professor não se vê obrigado pelo sistema a desenvolver sequer o mínino de atividades e conteúdos, haja vista que seu trabalho não é acompanhado de perto, e aqueles aéticos são acobertados pela impunidade.
A avaliação, em qualquer dos itens abordados acima, deve ter caráter formativo, ou seja, deve ser quantificado e qualificado em suas fases inicial e final, a fim de que os instrumentos sejam aprimorados a fim de melhorar  as práticas educativas do aluno em relação ao todo e em relação a si mesmo.  

Caminhos da Profissão e da Profissionalidade docentes


Aula do dia 4/5/2010 que teve como base o texto “Caminhos da Profissão e da Profissionalidade docentes”, de Menga Liolka e Luiz Alberto Borng

Caminhos da Profissão e da Profissionalidade docentes

O texto reflete sobre o franco processo de precarização do trabalho docente no Brasil problematizando a docência enquanto profissão institucionalizada e a dicotomia no que se refere à autonomia.
O senso comum costuma apresentar certa nostalgia em relação à escola de antes vendo o presente a perda do prestígio do professor, seu baixo poder aquisitivo, insatisfação e falta de realização pessoal e profissional. O texto cita estudiosos sobre a temática da desprofissionalização do magistério na França, a saber, Isambert-Jamati, Claude Dukar, Boudoncle, Cogan & Barber, Goode, Joly Gouveia, Shcaffel, Medano, Maurice, etc.
O tom sagrado da profissão docente de outrora desapareceu e uma das razões seria falta de uniformidade da base ideológica de conceituação da profissão, que adquiriu o viés neutro de um saber puramente técnico e desvinculado do papel social.
A subordinação ao Estado empreende limites à profissão docente, atolada em sua burocracia desmedida, em suas estatísticas factóides que não dão a real transparência dos níveis de qualidade (sempre mascarados).
Os investimentos em educação em termos materiais demonstram certo empreendimento que não corresponde em nível humano (quanto ao consumo).  O processo de identificação do professor com sua carreira passa necessariamente pelo modelo de competência , do ‘saber, saber fazer, saber ser’ onde a educação é uma relação de serviço cliente= aluno, fornecedor= professor. É um movimento generalizado o de crise de identidade profissional.
Fatos que podem aclarar esse processo de desprofissionalização da docência é o fato de a ocupação feminina ser majoritária nesse setor, o que corroborou para sua desqualificação (‘semi-profissão’). Somado a isso, a falta de uma organização sindical mais efetiva, de uma homogeneização ética e de conduta faz dos professores uma categoria fraca.
O trabalho docente hoje conta com novas tecnologias (TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação) de universalização do ensino superior e à distância (que minimiza a mediação do professor), programas de crédito educativo e bolsas integrais inclusive de pós-graduação. Mas todo esse aparato, por mais contraditoriamente que parece, não trouxe excelência na formação do professor, que demonstra ainda escassa habilidade para lidar com os desafios da contemporaneidade.
O texto aponta caminhos para uma questão relevante que é a da nomenclatura, ou seja, a polissemia que circunda os vocábulos relacionados à docência. Por exemplo, competência, profissionalidade, profissionismo, profissionalismo, profissão docente, saber docente.
O texto conclui-se com as seguintes sugestões para reflexão: Faz-se necessário um recuo histórico que deixe claro o processo de precarização da educação, em todas as suas fases. Segundo os autores do texto, a classificação da docência como profissão não se aplica completamente, dada a crise de identidade por que passa o ser humano em todas as localidades da Terra. Esta consiste a maior causa da precarização da educação.  Devemos trabalhar para fazer vigorar competências coletivas, construída a partir de modelos operacionais e de ação cujo operador coletivo seja engajado na mudança propondo modelos inéditos.
Os autores defendem que o uso do termo missão dá uma dimensão mais bem sucedida para a ‘profissão’ docente. O professor é um mediador, é o herdeiro, crítico, e intérprete da cultura, é o que dá a dimensão contínua de preparação e interpretação da realidade. A escola é o local privilegiado para transmissão dessa cultura.
Parceria e pesquisa são elementos capazes de mobilização no enfrentamento dos desafios dos nossos dias. Pesquisas próprias visando os problemas imediatos da comunidade a que pertencemos associadas às suas respectivas práticas darão novas perspectivas rumo à profissionalização de que tanto necessitamos, que contribuirá consequentemente para a valorização do professor.

Educação Inclusiva - adequação curricular


Aula do dia 10/8/2010. Nesta ocasião a classe foi dividida em grupo onde cada um analisou, discutiu e apresentou aos demais colegas um ponto previamente definido sobre o texto "Dez ideia (mal) feitas sobre a EducaçãoInclusiva" (org.) David Rodrigues.


Educação Inclusiva – adequações curriculares


Na proposta pedagógica da Educação Inclusiva devem ser ofertadas oportunidades diversas de aprendizagem onde ocorra a transição de diferentes paradigmas de conhecimento.
A tarefa de diferenciar o currículo de forma e fazer vigorar a inclusão daqueles alunos com os mais variados comprometimentos intelectuais e motores prevê a cooperação de toda a comunidade escolar: pais e responsáveis (no que se refere a providenciar, junto às instituições competentes, os diagnósticos médicos), direção (no que tange às adequações físicas: banheiros adaptados a cadeirantes, iluminação apropriada, etc), sala de recursos e professores (no assessoramento aos  professores quanto às melhores estratégias pedagógicas a serem seguidas em prol de um melhor desempenho do aluno PPNE)
Sabe-se que a escola apresenta uma inércia organizacional na qual a organização das classes e turmas é feita de forma aleatória e não para favorecer o aprendizado do coletivo. Outro ponto digno de nota é a não observância de uma elaboração da grade, dias e horários de modo que fizesse convergir conteúdos correlatos, adjacentes e transversais – o que favoreceria o aprendizado cosmopolita.
Outro fator não menos importante que os acima apontados  mas que merece determinado destaque é a adequação social dos conteúdos. Limitar a adequação ao modelo de défice é uma concepção estreita do que realmente é Educação Inclusiva. Alargar o currículo com ênfase nas questões sociais pode promover o desenvolvimento da autonomia do aluno conforme preconiza o modelo guarda-chuva. Uma das metodologias que pode auxiliar nesse sentido é a análise de tarefas.

Portaria número 255 da SEDF


Aula do dia 15/6/2010 em que fomos divididos em grupos para analisar pontos previamente determinados da Portaria número 255 de 12/12/2008 da SEDF cujo arquivo pode ser ‘baixados’ do endereço: http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=1&ved=0CBYQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.ensinopublico.pro.br%2FDocumentos%255CEstadual%255C15122008103340.doc&rct=j&q=portaria%20255%20sedf&ei=KLe8TLOcHsP48AacypDWDg&usg=AFQjCNHqZYDvzBmsod3iJaMPu9WUilCY3g&cad=rja que foram apresentados por meio de um telejornal.


Portaria número 255 de 12/12/2008 da Secretaria de Educação do GDF


O afastamento remunerado para estudos tem como mecanismo de ingresso por meio de processo seletivo semestral promovido por comissão da EAPE ou no interesse da Administração Pública.
O quantitativo anual de vagas obedecerá ao artigo 13 parágrafo 2º da lei 4.075/2007 e as áreas de estudo serão definidas pela SEDF considerando as carências do ensino público.
O capítulo I Título V deste documento trata da inscrição dos interessados em afastar-se remuneradamente para estudos. O aspirante a essa modalidade deve ser efetivo de 40h na SEDF por no mínimo 3 anos e estar devidamente matriculado em curso reconhecido por instituição competente, na modalidade presencial e área compatível a sua habilitação.
É vedado o afastamento remunerado ao candidato pós-graduando pela SEDF; àquele que já possui titulação correspondida à pretendida. Se pretende-se freqüentar mestrado em instituição estrangeira, a mesma deve ser credenciada pelos órgãos brasileiros correspondentes. . Se pretende-se freqüentar curso de especialização ou aperfeiçoamento, os candidatos estarão condicionados a uma carga horária especial mínima de 12 horas-aula semanais de 45 min no máximo 3 vezes por semana.  

Ética e Empreendedorismo na Escola



Aula de 18/5/2010 onde foi mostrado um vídeo onde intelectuais falam sobre Ética cujas intervenções serviram de motes para a discussão posterior, embasada no texto "As dimensões ética e política" In: Compreender e ensinar, de Terezinha Rios. O mesmo se deu em relação à entrevista dada pelo consultor e conferencista Waldez Ludwing sobre Mercado de trabalho e Empreendedorismo http://www.youtube.com/watch?v=uyMY2uo-iqQ .

É  T I C A
Marilena Chauí: “Educar a nossa moral, nosso espírito nos ajuda a escolher melhor. A ética é a educação da  vontade, das paixões do nosso temperamento pela razão”.

Antonio Candido: “Todas as idéias, antes de aceitas, foram tidas como subversivas, transgressoras”.

Renato Janine Ribeiro: “Nenhum homem é igual.
A democracia homenageia o homem e mascara as cisões da sociedade”.

Nelson Brissac: “Existem éticas das imagens. Dar tempo e lugar para os fatos é cristalizá-los”.

Gerol Bornheim: “Como entender o todo se há a tendência à individualização? – nossa herança burguesa”.

José Miguel Wisnik: “ Há a ilusão do real pelo escrito. Há de haver ética na imprensa –  máquina de fazer e desfazer contextos que opera deslocamento do acontecido de forma a atender a determinados objetivos”.

Alfredo Bosi: “As estrelas no céu e a ética moral no homem”.  

Mercado de Trabalho e Empreendedorismo

Há uma transformação mundial da economia, pois esta se baseia, hoje em dia, em conhecimento. Desta forma, as empresas buscam o diferencial por meio da inovação (fator de competitividade atual), que só pode vir do ser humano. O conferencista contrapõe essas idéias à nossa herança passada (e presente) escravocrata, onde havia (e continuava havendo) a figura do senhor de engenho e do capataz que se materializam nas figuras do empresário e do gerente, atualmente. Segundo ele, nesse modelo retrógrado, esses profissionais – os capatazes ou gerentes ou coordenadores – só controlam os demais, que são pessoas com vocação para escravo. Os ‘escravos’ não gostam de trabalhar: tem a síndrome do domingo à noite, dizem ganhar pouco (desconhecendo que há uma regra salarial socialmente enraizada onde as pessoas recebem por sua raridade e não pela sua importância. Ludwing exemplifica tal opinião de forma muito bem humorada e sarcástica citando os professores: desvalorizados porque há muitos no mercado). Outra falha do ‘escravo’: trabalhar mal porque ganha pouco.  A recomendação do conferencista é a de que o funcionário deve mostrar seu trabalho de forma espetacular para que seja descoberto, e caso não o seja onde está, que se lance em outras possibilidades. O funcionário tradicional geralmente se apega somente aos benefícios: tickets, vales, cestas básicas... para realizar um bom trabalho. Nesse sentido sua fala se associa ao vídeo sobre Ética, pois se visa o imediatismo da recompensa da profissão sem esforço (ou com o menor esforço possível), sem se traçar uma linha de progresso profissional ascendente. Um funcionário ciente de que seu destaque na execução das tarefas (naturalmente conseguido pela formação constante) fará ruir de fato a escravidão.
Mas a tragicidade deste mercado de trabalho que privilegia o funcionário múltiplo, de formação ampla e continuada está no fato de que as oportunidades ficam cada dia mais escassas para os que não têm esse perfil empreendedor. E para isso não basta colocar as crianças na escola, elas já estão. A escola precisa preparar o indivíduo para correr riscos, ultrapassar obstáculos, superar-se a si próprio. É preciso dar oportunidades para que os diversos dons aflorarem. Não a obsessão de uma formação que não corresponde à sua individualidade e sim aquela onde o funcionário possa valorizar o que tem de melhor e gerenciar suas fragilidades, a propósito, é muito melhor que ele haja de franqueza sobre suas vulnerabilidades com seu chefe.  Até a mão-de-obra na construção civil já está em franco escasseamento, pois já é sabido que as máquinas estão facilitando o trabalho humano, o que dispensa o trabalho de muitos funcionários cuja formação e capacitação é limitada.
Empreendedor é aquele cuja visão da empresa ou instituição é ampla, de forma a compreender o todo, e não somente a parte; é o que toma para si as responsabilidades e faz seu o patrimônio que é do outro. É um microempresário de si mesmo, pois se faz muito necessário à empresa e sabe o valor de sua carreira, não a delegando ao patrão, que nesse contexto, é mais um participador nos lucros que um mero funcionário. É um indivíduo que ama trabalhar, ama desafios e corre riscos com planejamento. O professor deve ser um pouco empreendedor da educação, ou seja, ver nela o meio de propiciar que os alunos possam agir com cidadania, ética e empreendedorismo na sociedade.  

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Aula correspondente ao dia 1/6/2010

LDB -  Lei de Diretrizes e Bases da Educação

              É a lei maior que regulamenta as bases e princípios da educação no Brasil. (Lei 9.394/96). É possível realizar entre ela e a Constituição Federal um vínculo estreito de importância enquanto Carta Magna. A LDB determina as competências da União e Estados, Municípios e do Distrito Federal quanto à promoção da educação no plano legislativo e executivo a fim de garantir isonomia ao profissional educador, bem como ao educando. Essas são as características gerais que justificam a importância de se conhecer esse documento. 
             Dentre seus vários aspectos relevantes, no que tange aos recursos financeiros, A LDB define um custo mínimo por aluno para que o orçamento dê conta das demandas materiais e estruturais do educando. Anualmente esse valor é corrigido, segundo as receitas do governo federal (União) e local (Estados, Municípios e DF), o que gera responsabilização fiscal dos governantes.